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Toxicodinâmica

Referências:

 

1. Chunhua C, Chunhua X, Megumi S, Renyu L, Kappa Opioid Receptor Agonist and Brain Ischemia, Translational Perioperative and Pain Medicine, 1:2 (2014), 27-34

 

2. Vortherms TA, Mosier PD, Westkaemper RB, Roth BL, Differential Helical Orientations among Related G Protein-coupled Receptors Provide a Novel Mechanism for Selectivity, The Journal of Biological Chemistry 282:5 (2007), 3146-3156

 

3. Vortherms TA, Roth BL, Salvinorin A: from natural products to human therapeutics, Molecular Interventions 6:5 (2006), 259-267

Contrariamente aos agonistas seletivos do KOR, a salvinorina A não tem afinidade para os seguintes recetores:

  • recetores acoplados à proteína G (incluíndo recetores mu e delta opióides);

  • recetores da serotonina 5-HT2A.

 

Por isso mesmo, a salvinorina A é farmacológica e quimicamente única neste aspeto e é o primeiro agonista natural seletivo do KOR não nitrogenado e o único alucinogénio não alcalóide. 

 

Dado que ela não possui o grupo amina presente nos outros ligandos, a sua estabilização no recetor não se faz por interações iónicas mas sim por interações hidrofóbicas e pontes de hidrogénio, através dos seguintes resíduos:

  • Gln 115 e Tyr 119 no fragmento TM2 do KOR

  • Tyr 313 e Tyr 320 no fragmento TM7 do KOR

Toxicodinâmica [2]

Fig. 1. Conformação da salvinorina A no local de ligação dos recetores kappa. [3]

Estudos farmacológicos in vivo e in vitro têm mostrado que a salvinorina A atua como um agonista alostérico do recetor kappa opióide (KOR). 

 

Os recetores kappa fazem parte dos recetores opióides e encontram-se localizados por todo o sistema nervoso central, nomeadamente no cérebro (hipotálamo, substância cinzenta central e claustro), medúla espinal e neurónios sensoriais.

Possuem várias funções, como o processo de nocicepção, resposta ao stress, controlo da respiração, regulação endócrina e regulação do estado de espírito.

 

Ao contrário dos recetores mu opióides, os kappa não causam euforia nem adição.

Mecanismo de ação [1]

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano lectivo 2014/2015 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP). Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando Remião do Laboratório de Toxicologia da FFUP 

 

Daniela da Silva Figueiredo | nº 201103620

Jéssica Marisa Bastos Cabral | nº 201106225

João Nuno Rodrigues Azevedo | nº 201102507

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