História
Em 1962, os etnofarmacologistas Hofmann e Wasson realizaram uma expedição a Oaxaca, México, onde fizeram o registo de várias plantas utilizadas pelos curandeiros Mazatecas, nomeadamente a Salvia divinorum, um membro da família Lamiaceae (Labiatae). Conseguiram obter uma amostra em flor desta planta, permitindo assim a sua descrição científica, sendo possível o isolamento e identificação do principal composto ativo – Salvinorina A – em 1982.
No início dos anos 90, foi confirmado o seu efeito psicoativo, aumentando o seu uso fora do México.
Descoberta [1]




História


Utilização pelos Mazatecas [2]
Até 1964, o uso de Salvia divinorum parece ter estado confinado aos Mazatecas, um grupo indígena mexicano do nordeste de Oaxaca. Usavam esta planta para cerimónias religiosas e como cura para certas enfermidades tais como a diarreia, barriga inchada e dores de cabeça e reumatismo (em doses baixas). Para além disso, era dada uma infusão da planta a moribundos, que frequentemente recuperavam por um curto período. Era cultivada por curandeiros em bosques secretos nas profundezas da floresta, em solo rico e preto, no fundo de ravinas, normalmente próximo de um riacho.
O consumo de Salvia divinorum era feito quer mastigando as folhas, quer pela ingestão do sumo resultante da maceração das folhas infundido em água.
Referências:
1. Casselman I, Nock CJ, Wohlmuth H, Weatherby RP, Heinrich M, From local to global-fifty years of research on Salvia divinorum, Journal of Ethnopharmacology, 151:2 (2014), 768-83
2. Calado VG, Novas Substâncias Psicoativas – O caso da Salvia divinorum, Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, 2013, 1-88
Evolução da sua utilização

Tabela 1: Diferenças entre o consumo tradicional e o consumo moderno. [2]